quinta-feira, novembro 16, 2006

A vocês...

A vocês que vos tenho deixado desprezados, como se bonecos esquecidos num baú se tratassem, quero dizer:

Vampirinho- Ninguém fica três horas sentado em pleno Marquês como tu e eu a ter aquelas conversas que temos, e a vermos (ou se calhar não, porque pode não passar tudo de uma ilusão) aquilo que vemos...

Paizinho- Não encontro mais alguém que saboreie uma bela água com gás como só tu o fazes =) ou me chame filha da mesma forma que tu...Saudade da tal água com gás (com sabor ou não) ao som do rádio... Hoje libertaste-me

Diogo- És sempre aquele que vem parar aos meus braços e neles adormeces, à procura de um refúgio fora do mundo...

Dark- Só tu para me falares de tempos a tempos e as primeiras coisas que me contas são as tuas diarreias, bebedeiras ou os dias nhanhentos que tanto adoras publicar, a ti ta-ta que não tá mas eu sei e tu sabes que sempre tará...

Jão- Querido companheiro de jornadas inacabadas ao som do velho eco "C'Um Catano"

Marie- Doce menina de imensas horas de vôo em alturas descumonais, e de conversas a três com o Nandinho Pessoa, belos serões os nossos...

Rui- Sinto-te em cada discussão política que tenho, cada monte e vale nos lembram nas consecutivas aulas de geografia em que confessávamos tudo menos geografar!

Tesa- És o meu amor lésbico (lol) que andas por aí a dormir, que me acompanhas até ao terceiro andar, que dizes se estou gira ou feia, que me apertas a mão quando tens medo...

E como não podia deixar de ser, ao Manel o meu amigo Prozac, deixa eles que não te vêm, ou que te ignoram talvez porque vestes rosa ou por seres gay e teres sardas, sem ti os momentos vazios não seriam os mesmos...

Beijos e abraços enormes a todos, uivo-vos um uivo grande em que cabem todos e todos fazem falta. Porque eu preciso tanto de vós quanto vocês precisam de mim, embora possa não o parecer...



Um desabafo maior que o costume...

    O meu olhar é nítido como um girassol.
    Tenho o costume de andar pelas estradas
    Olhando para a direita e para a esquerda,
    E de vez em quando olhando para trás...
    E o que vejo a cada momento
    É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
    E eu sei dar por isso muito bem...
    Sei ter o pasmo essencial
    Que tem uma criança se, ao nascer,
    Reparasse que nascera deveras...
    Sinto-me nascido a cada momento
    Para a eterna novidade do Mundo...

    Creio no mundo como num malmequer,
    Porque o vejo. Mas não penso nele
    Porque pensar é não compreender...

    O Mundo não se fez para pensarmos nele
    (Pensar é estar doente dos olhos)
    Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...

    Eu não tenho filosofia; tenho sentidos...
    Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
    Mas porque a amo, e amo-a por isso
    Porque quem ama nunca sabe o que ama
    Nem sabe por que ama, nem o que é amar...

    Amar é a eterna inocência,
    E a única inocência não pensar...

    Alberto Caeiro, em "O Guardador de Rebanhos", 8-3-1914

Apesar de tudo no dia de hoje, apetece-me não pensar, apetece-me disfrutar de uma falsa inocência, porque pensar é magoar, é ganhar consciência e sofrer por ela, devolvam-me a minha nuvem menos mágica ou a minha velha vassoura QUERO VOAR.

O decorrer das horas foi uma coisa deveras fascinante. De manhãzinha a greve geral de alunos mal organizada, em que a maioria dos alunos não sabia sequer o que ali fazia a não ser fugir às aulas (valha-me um burro aos coices e uma mula às cavalitas se isto não for deprimente!) Escapuli-me a centena de palhaços que fizeram de algo sério uma brincadeira de putos e vim para casa, estudar para o fatídico teste de história. (o meu novo papão)

Até onde o meu inconsciente desejo de pertencer à colecção da barbie FairyTopia me levou...

A meio da tarde achei-me digna de um almoço (a falar nisso, estava óptimo) , não me perguntem como nem quando, um par de horas mais tarde deu-me a fome, voltei à cozinha, servi-me, na segunda rodada de facto a comida tinha um sabor pouco usual, pois de facto o meu delicioso menu tinha um composto extra: fairy, passo a citar, "E só fiquei a ver: azuul, azul,azul" é fantástico recomendo, e não, não a história do Dunga soluçar bolas de sabão, na Branca de Neve e os sete anões, é treta!!! Afirmo-o por conhecimento empirista.

Momentos mais tarde, de volta às letras, entreguei-me ao papel de explicadora da minha irmã:
- Mana, estou indecisa, se é a Europa que é muito pequenina ou a Península Ibérica, acho que é a Europa que fica dentro da Península Ibérica...
Por esta altura tive vontade de cortar os pulsos às gargalhadas, tendo em conta que para a minha irmã, Portugal ocupa todo o continente africano e é preciso ter "caltela" porque o rei "rudiava" o "princepe". Confesso que nestas alturas toda a minha ironia e sarcasmo é vomitado das entranhas e foge-se-me pela boca para o exterior, mas bolas dia após dia, tardes consecutivas é de levar à sanidade um louco...

Tenho feito grandes sestas na esfera do amor e da amizade, por isso a todos os meus amores amigos, peço desculpa pela ausência ou pelo "casamento" caído na rotina...

Sem grande energia para devaneios, aqui ficam beijinhos, abraços e miminhos (efeitos do Fairy, entenda-se) para todos
Espero comentários e sim estou sentada... Ai ai