sexta-feira, julho 27, 2007

Porque vemos a alma para além de todas as complexidades físicas e biológicas

Por vezes atinge-nos uma onda de energia pela qual acabamos repudiados. No mínimo irónico. Aquele jaz morto. Deixemo-lo a apodrecer. O outro consome demasiado oxigénio entrega-o aí ao morto, se te der jeito, já agora...
Iludimo-nos com aparências e juízos levianos ignorando a ideia de que talvez não sejamos hipocondríacos, bipolares, portadores de alzheimer aos trinta anos, esquizofrénicos (e outras que tais)? Deixem as patologias de último grito porque se procurarmos muito, muito encontra-las-emos quase todas em nós.
Porque não pode ser um conjunto de vivências? Não será possível que alguém exposto à solidão ou que sinta em si o peso da relatividade e da perda, queira simplesmente não dormir, dar tudo aquilo que é ao que o rodeia, fazer tudo o que haja no mundo para fazer (o universo não é pequeno, não). Porque não andar, correr de um lado para o outro, pintar paredes, chorar, alojar gatos, arrumar armários, fazer quatro receitas para um almoço, sorrir.
Eu sou louca, podemos todos ser loucos e normais, ao mesmo tempo ou em ciclos rotativos é uma questão de escolha do kit. Mural do Júlio De Matos. "Somos muitos mas ainda não cá estamos todos"
Porque não, não morrer enquanto se vive?


Life, it seems, will fade away
Drifting further every day
Getting lost within myself
Nothing matters, no one else

I have lost the will to live
Simply nothing more to give
There is nothing more for me
Need the end to set me free

Things are not what they used to be
Missing one inside of me
Deathly lost, this can't be real
Cannot stand this hell I feel

Emptiness is filling me
To the point of agony
Growing darkness taking dawn
I was me, but now he's gone

No one but me can save myself, but it's too late
Now I can't think, think why I should even try

Yesterday seems as though it never existed
Death greets me warm, now I will just say goodbye, *Goodbye*

Fade To Black, Metalica