quinta-feira, maio 07, 2009

Chuvas sem nexo...

A chuva como nós gostamos mais ninguém a gosta
Amar-te e lembrar-te como eu faço muitos o conseguem...
Vejo-te, sinto-te todas as manhãs, todos os fins de tarde
Épocas em que o jasmim crescia rente ao chão, junto da água
Sombras doces e tremidas, tudo tão leve, tão simples como tu...

O mundo avança e aquele pedaço paralelo mantém-se,
Só eu o vejo, o toco. Tu passas e não dizes nada,
Gostava tanto que tivesses mostrado mais, que tivesses ficado mais
Seria assim mais eterno do que é...
(A orquídea no coração da árvore mantém-se, mas tu não)

Agora entendo porque te encontrei
Entendo porque me senti tão agradecida quando te vi
Porque é que apesar da tua fragilidade notei em ti tanta força
Tanto poder numa carne tão ingénua...

A chuva deixou de cair como nós gostamos
E eu não sei se te voltarei a encontrar,
O mundo é grande e eu canso-me a meio
Conforta-me saber que das poucas coisas
Do qual nunca nos esquecemos é lembrar
Que a chuva acontece se quisermos,
Que o gato mexe os bigodes
Que a guitarra ainda dedilha

E nós, nós aconteceremos sempre

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Continuas apaixonada, o mundo é deveras completamente diferente quando estamos assim. :)

Saudades de te lêr.

***

4:25 da tarde  

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