quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Não me dês palavras

Não me dês palavras
Quant mais usadas
Mais gastas
Cansam-me, aborrecem-me
Doiem-me, essas concentrações de letras

Tira-me as palavras
As escritas e as faladas
Senão, creio não aguentar
O fardo do segredo
Que dói e se dói!
Por não to poder dizer,
Por não querer
Porque nos pode magoar.

Já agora, aproveita
e arranca-me a rima
(aquelas que mal faço)

Os teus olhos sufocam-me,
Apertam-me, mesmo, o peito.
Dói, dói e continua a doer...Deveras
Não me dês palavras
Não me ensines abcedários,
Essas coisas severas...



By: me num momento em que ninguém me lê. Estou frenética

3 Comments:

Blogger Bárbara said...

eu li.
esta lindissímo o poema, continua a escrever pois nota-se ser a tua vocação. ah e já agora gostei de falar contigo, pois nunca mais nos vimos, temos de falar mais vezes :)

*

8:30 da manhã  
Blogger João Filipe Ruivo Félix said...

Está mesmo muito bom.
Gostei.A essência do poema está maravilhosa.Continua a escrever( esta frase é supérflua e constata o óbvio). :D

10:38 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Ninguém leu, sorriu e ficou -)

8:07 da manhã  

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